CULTIVO DE ORQUÍDEAS

CULTIVO DE ORQUÍDEAS
“Para se cultivar orquídeas, e preciso muita paciência, mas vale à pena. A delicadeza das formas, a beleza, as cores e o perfume faz das orquídeas o que de mais belo, a rainha das flores. Saiba como LUZ, CALOR, AGUA, VENTILAÇÃO, ADUBO e muito amor são os elementos essenciais para a sua orquídea lhe presentear com belas flores.”

CLASSIFICAÇÃO POR HABITAT
De acordo com o lugar no seu habitat de origem, as orquídeas são classificadas Epífitas, Terrestres, Saprófitas ou Rupícolas:
Epífitas: A maior parte das orquídeas, vivem grudadas em troncos ou arvores, mas não são parasitas, pois realizam a fotossíntese a partir de nutrientes absorvidos pelo ar e pela chuva. Portanto, ao contrário do que se pensa, não sugam a seiva da árvore.
Terrestres: Vivem como plantas comuns na terra. Ex: Paphlopedium, Arundina, Neobenthamia, Bletia, embora aceitem o plantio em xaxim desfribrado.
Saprófitas: Espécie subterrânea que cresce e floresce no subsolo. (ex: Rhizanthella garneri)
Rupícolas: São as que vivem em rochas, fixadas nos liquens das fendas. Ex: Laelia Flava.
Tipos de Substratos
1 – Carvão vegetal: Carvão comum, tipo aquele que usamos para fazer churrasco, sempre deve se novo, pois os que já foram usados mata a planta.
Durabilidade: Cerca de 2 anos Depois disso ele fica saturado de sais minerais e começa a esfarelar. Não retém umidade. Adubação semanal.
2 – Casca de Pinus: É fácil de ser achado e retém adubo.
Durabilidade: No máximo 1 ano. Retém umidade. Adubação quinzenal.
3 – Pedra Brita – Pedras cinza, usadas em construção.
Durabilidade: Elas não se deterioram. Não retém umidade. Adubação semanal.
4 – Nó de Pinho: Gomo que se forma na araucáia.
Durabilidade: Longa e indefinida. Retém umidade. Adubação de 3 em 3 meses.
5 – Casca de Peroba: É uma casca rugosa da árvore peroba-rosa, por ela ter grande durabilidade, retém pouca água. Com esta casca, podem-se cultivar orquídeas na vertical. Por ser um substrato duro, é preciso regar as plantas mais vezes.
Durabilidade: Mais de 5 anos. Não retém umidade. Adubação semanal.
6 – Coco desfibrado: É facilmente encontrado.
Durabilidade: Mais de 3 anos. Retém umidade. Adubação semanal.
7- Árvores vivas: Árvores de casca rugosa. Como mangueira, jaqueira, figueira, limoeiro, laranjeiras, abacateiros, entre outros. Serve para todas as orquídeas epífitas.
Retém umidade. Adubação mensal.
Quando Dividir, Plantar e Replantar:
Para fazer uma divisão ou replante de uma orquídea deve-se notar se estão emitindo raízes novas não importando a época dos anos sempre fazer depois da florada.
Sempre que for dividir uma orquídea terá que ser com 3 ou mais bulbos.
É importante sempre passar a faca ou tesoura que vai ser usada para fazer o corte na chama forte como a do fogão da cozinha, para se evitar contaminação de doenças de planta para a planta, no corte feito coloque sempre canela em pó que é fungicida natural.
No caso de orquídeas monopodiais, como Vanda e Phalaenopsis, que soltam mudas novas pelas laterais, deve-se esperar que emitam pelo menos duas ou três raízes para, então, separar da planta mãe.
As orquídeas tipo vandáceas vão crescendo indefinidamente, atingindo metros de altura. Nesse caso, pode-se fazer uma divisão, cortando o caule abaixo de 2 ou mais raízes e fazer um novo replante. Se a base ficar, com alguns pares de folhas, emitirá novos brotos.
Floração:
Cada espécie de orquídeas tem sua época de floração que é uma vez por ano.
É bom marcar a época de floração de cada espécie, pois caso não floresçam nessa época, você poderá verificar se algo de errado poderá estar acontecendo com a planta e tomar providências.
Regra básica para o plantio:
As orquídeas podem ser plantadas em vasos de barro ou plástico.
Coloque uma camada de pedra no fundo do vaso para permitir a rápida drenagem do excesso de água. Complete co substrato de sua escolha. Deixe a traseira encostada na beira do vaso e espaço na frente para dar lugar a novos brotos. Comprima o substrato para firmar a planta. Se necessário, coloque uma estaca para melhor sustentação.
As vandas, asconcedas, rhynchostylis, asconcentrum, devem ser plantadas no centro do vaso ou serem colocadas em cesto sem nenhum substrato.
Temperatura:
Toda orquídea de adapta bem a temperaturas entre 15 a 30 graus. Entretanto, há orquídeas que suportam temperaturas mais baixas.
Devemos cultivar orquídeas que se adaptam ao local em que vão ser cultivadas. Caso contrário, elas podem até morrer ou a não dar flor.
Água e umidade:
Nos dias em que a umidade relativa do ar é menor, é necessário manter o ambiente úmido e molhar não apenas a planta, mas também o próprio ambiente.
Nunca molhe as plantas quando estiverem quentes, molhe pela manhã bem cedo, no fim da tarde, ou a noite.
Adubação:
As orquídeas precisam de vários elementos químicos mais os principais são: Nitrogênio, Fósforo e Potássio ou seja NPK. As orquídeas para terem uma boa bração e um bom enraizamento necessitam de NPK 20-20-20 ou 30-10-10 diluído em água nas proporções indicadas pelo fabricante e pulverizado sobre as folhas. No caso de orquídeas que estão na época de floração se usa o fertilizante NPK 04-14-08 ou 08-45-14.
Pragas:
1 – Percevejo das orquídeas: Ele ataca principalmente folhas mais novas quando aparecem pequenas manchas arredondadas, de cor amarela, que contrata com a cor verde das plantas não tingidas.
Como combater: Podemos usar inseticida a base d’água (Casa e Jardim).
2 – Pulgões: Pode ser colorido, verde, amarelo, pardo ou negro. Sua infestação pode proporcionar danos e deformações nos brotos e folhas. Geralmente são levados para as plantas pelas formigas.
Como combater: Inseticidas líquidos a Bse de água.
3 – Cochonilhas: Uma espécie de algodão branco que fica alojado no verso das folhas, nos botos e na base das plantas.
Como combater: Com água corrente e sabão neutro, usando-se uma escova dental macia. Quando o ataque for maior, devemos usar inseticida a base d’água.
4 – Cochonilhas brancas, cochonilhas com carapaça ou pulgões:
Como combater: Amasse 3 dentes de alho e misture com uma colher (sopa) de sabão de coco (raspas ou em pó). Dilua em 1 litro de água quente. Agite bem. Deixe esfriar, coe, e pulverize os insetos. Se não for o suficiente repita na semana seguinte. O caldo dura 2 dias. Pode-se limpar com algodão úmido.
5 – Lemas e caracóis:
Como combater: Dilua 1 litro de leite em 4 litros de água e embeba panos e coloque sobre a bancada. Pela manhã recolha as lesmas do pano.
Pode-se embebedar com cerveja, obtendo o mesmo efeito.
6 – Insetos e lesmas:
Como combater: Pulverize café sem açúcar frio.
7 – Fungos e bactérias:
Como combater: Chá de cravo e canela
Cultivo de Phalaenopsis:
Natural das Filipinas, a phalaenopsis é considerada uma das mais belas e populares orquídeas. Conhecida por se adaptar bem até em apartamentos de centros urbanos, a phalaenopsis é uma planta que precisa ser regada a cada 7-15 dias, dependendo da época e torela bem temperaturas mais elevadas.
Suas flores tem muita durabilidade e resistência, persistindo por 5 semanas ou mais antes de murcharem. Após a boda da haste que se dá no terceiro nó, a phalaenopsis pode voltar a dar novos cachos ainda no mesmo ano, numa ramificação.
Cultivo de Cattleya:
É um gênero de orquídeas com cerca de setenta espécies. A Cattleya é muito presente em todo território brasileiro, com espécies em todo sudeste, especialmente na Mata Atlântica e no Cerrado. Muito cultivada por seu tamanho e beleza.
É muito fácil de ser cultivada, prefere fiar sobre ripados de madeira, no chamado meia-sombra, mas podem ser cultivadas em apartamentos e interiores.
Na mata, vivem em lugares arejados e úmidos, com temperaturas relativamente altas, em árvores de pouca sombra.
Cattleyas podem ser facilmente divididas quando emitem novas raízes para fora do vaso, e o melhor momento para dividi-las é logo após a floração quando o novo crescimento estiver apenas iniciando.
Cultivo de Vanda e Ascocentrum
A Vanda é uma orquídea de origem asiática que necessita de calor e umidade.
Pode florescer até 4 vezes por ano em condições ideais, mas, se a temperatura baixar a 15 graus, ou menos, durante algumas semanas, pode entrar em estado de repouso ou estagnação por vários meses.
Mantenha o chão bem molhado, para aumentar a umidade relativa do ar nas suas imediações.
Requer muito adubo de forma foliar e radicular, porque suas raízes são aéreas. Suas flores podem durar cerca de 30 dias.
Se for plantar em vaso, que ele sirva só de base, nunca enterre suas raízes.
Se uma Vanda adulta, bem enraizada, com folhas de igual dimensão do topo à base, não injuriada pelo frio, não florescer, é porque faltou iluminação e/ou rega constante com água levemente em dias secos e quentes.
A Vanda deve- ser colocada num local onde receba luz filtrada nas horas de sol mais forte e iluminação direta do sol da manhã e do fim da tarde. Não deve ter nenhuma outra planta que lhe faça sombra em qualquer hora do dia.
Cultivo de Oncydium
É uma planta com espécies muito populares, como o híbrido chamado popularmente de ‘chuva de ouro’ e extensamente comercializado. Com sua estrutura bulbosa e flores numerosas e de tamanho pequeno, o oncydium é de fácil adaptação em placas de xaxim onde se reproduz e emite brotos e flores com certa facilidade. É uma planta fácil de ser criada em apartamentos, contando que tenha uma boa luminosidade no local.
Não existe uma maneira padrão válida para cultivar todas as espécies de oncydium. Seu cultivo vai depender da origem da espécie em questão. Algumas espécies gostam de uma luminosidade bastante intensa mas não deve receber os raios solares diretamente. Outras espécies gostam de meia sombra e outras podem florir com meia sombra ou muita luz como O. pumilum (atualmente Lophiaris pumila), O. jonesianum, O. sarcodes, O. flexuosum, O. lanceanum (hoje Lophiaris lanceana).
Algumas vezes, o deslocamento de apenas alguns centímetros possibilitando maior menor incidência de luz, determina uma mudança na floração.
Generalizando, gostam de variação de umidade com muita rega no período de crescimento, desde o início da brotação até a maduração dos bulbos. Depois disto, deve passar por um período de descanso cuja intensidade e duração vai depender da espécie cultivada. As raízes podem estar sempre úmidas, mas não ensopadas. Com os chamados equitantes (atualmente classificados no gênero Tolumnia), é preciso para não deixar o substrato secar completamente.
Uma planta de clima frio, como, por exemplo, O Oncidium Crisprum, e O. Concolor, se levada para um ambiente de temperara mais elevada vai florir e vegetar razoavelmente por 2 ou 3 anos, no máximo e, em seguida, definha subitamente e morre sem razão aparente a não ser o clima inadequado. Assim, escolha as espécies ou híbridos de acordo com seu clima.
Durante o inverno, algumas espécies precisam de um período de repouso bem severo, outras nem tanto, mas de qualquer modo, esta diminuição de rega não pode provocar o enrugamento dos pseudobulbos e da folhas. Em geral, no sul e sudeste brasileiro, de onde a maior parte das espécies é originária, o inverno é seco, então este período, na natureza, eles não recebem muita água, apenas o orvalho da noite que é bem pesado.
Ambientes como o cerrado, chapadas e campos de altitude também são bastantes secos neste período. As espécies que são originárias da Floresta Atlântica precisam de mais umidade do que aqueles que vêm de regiões mais secas.
Em flor, a freqüência, da rega deverá ser reduzida de maneira considerável.
Em locais de clima quente, pode-se aplicar fertilizante durante o ano inteiro, mas em locais de inverno mais rigoroso pode não ser a melhor opção.

Cultivo de Dendobrium
É uma orquídea muito fácil de reprodução através de corte de seus keikes, que são novos brotos que emanam com abundância de água em época de floração.
É tolerante a luminosidade alta, (em torno de 60%) para a maioria das espécies, podendo tomar raios de sol no início da manhã e no final da tarde, mas deve ser na sombra entra às 11h e 15h. Pode-se cultivada em árvores. Placas de xaxim ou vaso.
Dendobriuns gostam de ambientes úmidos, porém para ter uma floração mais fácil e saudável, deve passar por um período de seca.
Utilize fertilizantes com alto nível de hidrogênio 30-10-10 na diluição adequada, uma vez por mês no verão, ou 08-45-14 durante o ano todo.
No inverno, não deixe as plantas pegarem água nenhuma só de uma pulverizada de vez em quando para elas não ficarem desidratas ai é só esperar a floração na primavera.
Cultivo de Paphiopedilum
Com seu labelo muitas vezes avantajado, é uma planta que impressiona pela beleza e forma. De crescimento monopodial, costuma florir uma vez ao ano quando adulto. Requer local de luminosidade moderada, em torno de 50% e regas uma vez por semana.
Geralmente são terrestres, mas em alguns casos são epífitas. As flores são incomuns até para uma orquídea, e suas folhas e botões florais podem demorar bastante para crescer.
De modo geral, as florações deste gênero são muito bonitas e peculiares. É preciso conhecer a fundo as espécies para encontrar as condições idéias de umidade, luz e temperatura. Não é por acaso que esta planta tem tanto prestígio entre os cultivadores internacionais.
As folhagens também são um atrativo ornamental, tornando-as interessantes mesmo quando não estão floridas.

Cultivo de Laelia
É uma orquídea comum no Brasil e uma das plantas mais cultuadas pelos orquidófilos. Muito confundida com a Cattleya, sua identificação só é possível pela diferença entre o número de políneas de cada gênero: as Laelia têm oito políneas iguais e as Cattleyas quatro.
As laelias são mais freqüentes no Brasil e na América Central. As do México são encontradas em altitudes mais elevadas enquanto no Brasil são comuns nas planícies em locais quentes e úmidos.
Toleram a luz solar da manhã e ficam bem a meia sombra. Evite exposição por tempo prolongado do sol da manhã e também a escuridão excessiva. Deve ser regada diariamente no verão e a rega deve ser reduzida de acordo com a proximidade do inverno.
Tem maior crescimento na estação seca. Algumas laelias como as espécies rupícolas do Brasil, se beneficiam do período mais seco.
Cultivo de Miltonia
São geralmente epífitas, criadas em vasos de cerâmica ou placas, com pseudobulbos e geralmente nativas de clima frio. Suportam baixas temperaturas. Alguns híbridos estão bem popularizados no Brasil, como a Miltonia Clowesii, Miltonia Spectabilis e Miltonia Spectabilis Moreliana.
Todas as espécies são epífitas e crescem melhor com pouca luz ou luz intermediária.
Possuem grande variedade de cores nas flores. As cores variam muito, os tons brancos, rosa, roxo, vermelho, violeta são comuns.

A FUNÇÃO DOS ELEMENTOS NAS PLANTAS

(N) Nitrogênio: responsável pelo crescimento.
A deficiência produz planta raquítica e perda prematura das folhas mais velhas.
O excesso produz planta grande, mas sem consistência, flácida, detrimento da floração.
(P) Fósforo: facilita a floração, ajuda no sistema radicular.
A deficiência pode ocasionar folhas amareladas, pardas, azuladas, poucas flores, atraso na
floração. Excesso: não detectado.
(K) Potássio: importante na elaboração do açúcar.
A deficiência provoca flores pequenas, falta de brilho nas folhas, cor de ferrugem nas
pontas e margens das folhas mais velhas.
(Ca) Cálcio: importante no crescimento e no sistema radicular.
(S) Enxofre: entra na composição das proteínas. A quantidade de S em todas as plantas é igual
à do NPK (quantidade macro).
Deficiência: a planta não cresce.
(Mg) Magnésio: Componente da clorofila, pectina, fitina.
A deficiência provoca clorose (perda da coloração verde). Pode dar tom vermelho.
(Fe) Ferro: Deficiência provoca clorose, as folhas ficam esbranquiçadas.
(Mn) Manganês: deficiência provoca clorose.
(B) Boro: Importante na fertilidade do pólen, na formação das flores.
A deficiência pode provocar morte dos genes, rachadura do caule.
(Cu) Cobre: A deficiência pode provocar morte dos brotos.
(Zn) Zinco: A deficiência provoca encurtamento dos internódios. A planta pode não crescer.
(Co) Cobalto: faz parte da vitamina B12. Favorece o crescimento das plantas.
(Cl) Cloro: Vestígio de Cl é encontrado nas plantas, mas sua ação é desconhecida.
(Si) Silício: Sua ação é desconhecida. Dizem que ficando na epiderme torna a planta mais
Resistente a pragas e doenças.
(I) Iodo: Dizem que ajuda no desenvolvimento da L. labiata. Quem quiser pode experimentar
o iodeto de potássio (KI) provavelmente encontrável em farmácias, pois é usado como
remédio para gânglios. A dosagem tem que ser como a de micronutriente, isto é, 1g de
KI (uma colher de chá) para 10 a 50 litros de água.

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